Opinião sobre a Carta: “UMA CONVERGÊNCIA NECESSÁRIA: POR UMA ECONOMIA DE BAIXO CARBONO”
Foi publicada na terça-feira dessa semana, uma carta pública escrita por ex-ministros da Fazenda e alguns ex-presidentes do Banco Central, como Alexandre Antônio Tombini, Joaquim Levy, Zélia Cardoso de Mello e outros, dissertando sobre a conjectura da crise econômica e social que estamos atravessamos por causa do COVID-19.
Após a Segunda Guerra Mundial, o mundo não viveu um cenário tão alarmante com efeitos nos mais diversos setores, refletindo em medidas como o isolamento social, demissão em massa, redução de salário, falência de empresas, incontáveis mortes, alterações desenfreadas nos cargos políticos no Brasil, intensificação da desigualdade social e uma chamada para o meio ambiente.
No entanto, a carta traz um ponto de atenção. Os custos do descuido com eventos climáticos podem ser ainda maiores que os da atual pandemia. O alerta é certo: empreendimentos e bancos já começaram a internalizar os riscos climáticos em suas contabilidades de forma macro, assim como o mercado financeiro passou a precificar setores que serão mais expostos e fragilizados.
No meio desse “caos” instaurado, surge uma luz no fim do túnel. Se há espaço para pensarmos em alternativas para o trabalho, em como oferecer um serviço de formas mais variadas, realizar tarefas das mais básicas às mais complexas, tomar decisões e iniciar projetos em conjunto e no ambiente virtual, é possível repensarmos sobre o modelo econômico em que vivemos. Se provamos que conseguimos nos adaptar tanto em tão pouco tempo, deveríamos inovar também nessa seara, usufruindo dos instrumentos preventivos dispostos tanto na esfera jurídica como na esfera de gestão e estratégia.
E pode ser mais simples que imaginamos. Melhor ainda: sem extremismos. A expressão “desenvolvimento sustentável”, desde sua primeira utilização na década de 70, abriu portas para um pensamento mais equilibrado entre economia e meio ambiente.
Na carta, os signatários fornecem opções: economia de baixo carbono, radiação solar, biomassa advindo da agricultura, redução do desmatamento, incentivo às pesquisas por novas tecnologias e adaptação da nossa infraestrutura para aumentar a resiliência climática. Em outras palavras, a defesa é pela adoção de critérios ambientais na gestão da política econômica.
Por fim, afirmam que, para superar a crise, “exige convergirmos em torno de uma agenda que nos possibilite retomar as atividades econômicas, endereçar os problemas sociais e, simultaneamente, construir uma economia mais resiliente ao lidar com os riscos climáticos e suas implicações para o Brasil.”
Se há a possibilidade de recomeçarmos, que façamos a retomada da economia da maneira correta, mais consciente.
REFERÊNCIAS
http://www.neomondo.org.br/2020/07/15/uma-convergencia-necessaria-por-uma-economia-de-baixo-carbono/
[1] Advogada. Atuação em consultoria e contencioso da área ambiental da Moisés Freire Advocacia, com experiência nas áreas cível e gestão fundiária. Mestra em Direito Ambiental e Desenvolvimento Sustentável pela Escola Superior Dom Hélder Câmara. Graduada em Direito pela Escola Superior Dom Hélder Câmara.
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